segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O vagabundo feliz



É interessante perceber no gargalhar de uma gente modesta a busca constante pelo estado de felicidade. Numa curta viagem percebe-se a vastidão de objetivos de vida que existem. A cidade do recôncavo, que outrora abrigara índios da tribo marag-gyp, abriga hoje, especialmente, duas figuras notáveis na paisagem. Uma se trata de uma mulher, casada com um capitão, mãe de um filho e, de certo, devota de Santa Bárbara ou filha de Iansã, como queiram. Outra é um psicodélico hippie que se apresentou, com olhos abrasados, como maluco beleza. A mulher dizia ter terrenos que, de tão extensos iam até “os inferno”. Dona de uma pousada há mais de trinta anos, repetia que não se esquentava com muita coisa, pois “se eu morrer tudo fica aí”, dizia ela. Já o maluco dizia ter largado tudo pela liberdade. Está de férias há quinze anos. Como isso é possível?! Esse rapaz, aparentando não mais que quarenta anos, uma hora disse morar em Paris, noutra em Machu Pichu. Mas o certo mesmo é que, com aquele olhar entorpecido, ele parecia poder viajar à qualquer lugar que quisesse, quando quisesse.

Dessas duas pessoas antagônicas, consegui ver a representação real de que todos têm o poder de mudar suas vidas, ou de continuar vivendo a vida a eles imposta pelas circustâncias. Desde a poderosa, work-a-holic do recôncavo, que não parece ter o poder de mudar a própria vida, ao maluco beleza, que representa exatamente o oposto, estando totalmente desapegado das coisas do mundo. Me parece que devemos estar atentos as nossas emoções positivas, identificar as coisas que as provocam e tentar repeti-las o máximo de vezes possíveis em sua vida.

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