domingo, 25 de julho de 2010

Um rio de cobras

Em um sábado à noite incomum, chato e chuvoso, precisei ir presenciar a mais um amigo realizar o juramento, em frente a um sacerdote católico e meio a uma capela lotada, de amor e respeito a sua amada. Juntos até que a morte os separe. Mais uma vez, chegava atrasado em uma cerimônia de casamento. Na verdade, a parte mais significativa é a do juramento e essa nunca perco. Como um dos ritos de passagem herdados dos costumes ancestrais, o casamento ainda permanece como um dos que ainda são “cobrados” pela sociedade como uma espécie de atestado de indivíduo socialmente bem sucedido. Depois da primeira menstruação ou da caça do primeiro animal para alimentar a tribo, entendo que atualmente isso seria como o primeiro salário ganho, o casamento seja talvez a grande transição. Como um curioso que também aprende através das experiências dos outros, sempre que sondo junto à colegas casados sinto que poucos, pouquíssimos, se empolgam com a vida de casado. Um amigo certa vez falou que seria normal as pessoas casarem-se e depois se arrependerem. Estranho,não?! Mas vou parar por aqui com essa assunto sobre o qual não entendo nada.

O real motivo dessa nova publicação foi um sonho bem louco que tive nessa mesma noite na qual assisti ao rito de meu amigo. Talvez por causa do novo momento, onde estou diante dos novos horizontes e desse momento de retomada pessoal, no qual estou evoluindo na relação com a música e nas práticas esportivas. Eu sei que, de repente, estava em um lugar, talvez um imenso zoológico ou reserva ambiental, que tinha um lago ou rio, com dezenas de serpentes, cobras, de todos os tipos. Havia alguém comigo e eu lhe disse: vou atravessar. Não sei se me confiando na certa intimidade que adquiri com a piscina, através do nado. O fato é que decidi atravessar o rio, ou lago, como quem desafiava, num tiro de 50 metros, não o tempo, mas sim as serpentes. O mais pitoresco dessa história foi uma gata negra de meu convívio, cuja a beleza me alegra, que aparecia na minha chegada, vitoriosa, à outra margem me oferendo chocolate, enquanto eu lhe mostrava que apenas duas serpentes haviam me atingido. Lembro de ter ficado preocupado em verificar se teriam sido serpentes peçonhentas. Mas o fato de eu ter conseguido atravessar me chamava muito mais atenção.

Realmente vou precisar de um interpretador de sonho maluco pra me dizer o que isso quer dizer. Em uma consulta prévia a um analista junguiano, parece que o sonho talvez simbolizasse uma certa fase de transição. Mas é isso, se alguém ai tiver ideia por favor me fale.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Burguesinho apaixonado: uma homenagem à uma florzinha apaixonada!

Ele achou incrível que aquela criatura parecesse-lhe tão familiar e iluminada. A conheceu em um lugar onde não deveria estar naquele dia. Assistindo a uma chata partida do Brasil pela Copa da África do Sul, completamente desinteressado em estar lá ele foi apenas por motivo de amizade. Percebeu uma mulher com brilho diferente no olhar e então, depois de vários minutos e chops, tomou iniciativa e foi pedir-lhe o número do seu telefone. O primeiro encontro foi adiado, por uma, talvez duas vezes. Mas, finalmente, aconteceu. Ele sem saber o que aconteceria foi ao encontro. Depois de horas de conversa, pareciam que se conheciam há muito tempo. Uma conexão massa, bacana, e muito surpreendente.

"O amor me pegou. E eu não descanso enquanto não pegar. Aquela criatura." (Caetano)

Desculpem se fica chato, mas nas histórias que capturo e conto sempre faço um link imediato com alguma canção. Como sou pobre em diversidade de referências, acaba vindo sempre algum tropicalista...rs. Mas não se irritem comigo.

Voltando a novela (rsrs), parece que as coisas se tornam mais legais quando não são tão fáceis. Hà quem desgoste da dificuldade, mas ela serve as vezes para testar o grau de interesse ou vontade em relação a algum objetivo. No caso do nosso pequeno burguês, o que está em questão é uma paixão arrebatadora, ou o achado sentimental da década. Mas o nosso jovem pecou, segundo a cartilha masculina, ao escancarar as portas do seu, até então, desocupado coração.

Teve que ouvir coisas como: "Você está mais acelerado!" ou "Acho que você é a pessoa certa na hora errada"(kkk). Clichês à parte, as frases teriam sido adequadamente utilizadas. Mas nosso pequeno burguês, quem diria, resolveu ignorar "o fora" e curtir a paixão. Resolveu continuar dando atenção a sua amada, independentemente de tê-la de fato ou não, com contatos remotos através de telefonemas e mensagens instantâneas. Seria esse sentimento uma espécie de paixão altruista ou um amor platônico? Bom, eu não sei! Mas ele resolveu curtir a emoção sem se preocupar com uma retribuição. Afinal, "Cesteiro que faz um cesto, faz um cento." Sendo assim nada impede que ele possa se apaioxonar mais um zilhão de vezes e que um dia seja retribuido pelo universo, caso sua nova paixão não seja retribuida.

Como eu sou um observador que observa bastante, percebi que nessa coisa de gostar, ou sei lá o que, as pessoas buscam sempre a posse do outro. Mas, talvez o equívoco seja justamente esse. Não podemos deter ninguém para uso exclusivo. Não estou com isso querendo me remeter algo como a poligamia, por exemplo. Digo, apenas, que a exclusividade deve ser natural. Não deveríamos nos relacionar exclusivamente com alguém por achar que temos obrigação, mas, primeiramente, por respeitar a pessoa e se sentir bem ao lado dela. Essa reflexão deixa um gancho sobre o assunto casamento, que tratarei quando for oportuno, pois é bem polêmico.

Então é isso, esse foi o meu blablablá de hoje!!