Em um sábado à noite incomum, chato e chuvoso, precisei ir presenciar a mais um amigo realizar o juramento, em frente a um sacerdote católico e meio a uma capela lotada, de amor e respeito a sua amada. Juntos até que a morte os separe. Mais uma vez, chegava atrasado em uma cerimônia de casamento. Na verdade, a parte mais significativa é a do juramento e essa nunca perco. Como um dos ritos de passagem herdados dos costumes ancestrais, o casamento ainda permanece como um dos que ainda são “cobrados” pela sociedade como uma espécie de atestado de indivíduo socialmente bem sucedido. Depois da primeira menstruação ou da caça do primeiro animal para alimentar a tribo, entendo que atualmente isso seria como o primeiro salário ganho, o casamento seja talvez a grande transição. Como um curioso que também aprende através das experiências dos outros, sempre que sondo junto à colegas casados sinto que poucos, pouquíssimos, se empolgam com a vida de casado. Um amigo certa vez falou que seria normal as pessoas casarem-se e depois se arrependerem. Estranho,não?! Mas vou parar por aqui com essa assunto sobre o qual não entendo nada.
O real motivo dessa nova publicação foi um sonho bem louco que tive nessa mesma noite na qual assisti ao rito de meu amigo. Talvez por causa do novo momento, onde estou diante dos novos horizontes e desse momento de retomada pessoal, no qual estou evoluindo na relação com a música e nas práticas esportivas. Eu sei que, de repente, estava em um lugar, talvez um imenso zoológico ou reserva ambiental, que tinha um lago ou rio, com dezenas de serpentes, cobras, de todos os tipos. Havia alguém comigo e eu lhe disse: vou atravessar. Não sei se me confiando na certa intimidade que adquiri com a piscina, através do nado. O fato é que decidi atravessar o rio, ou lago, como quem desafiava, num tiro de 50 metros, não o tempo, mas sim as serpentes. O mais pitoresco dessa história foi uma gata negra de meu convívio, cuja a beleza me alegra, que aparecia na minha chegada, vitoriosa, à outra margem me oferendo chocolate, enquanto eu lhe mostrava que apenas duas serpentes haviam me atingido. Lembro de ter ficado preocupado em verificar se teriam sido serpentes peçonhentas. Mas o fato de eu ter conseguido atravessar me chamava muito mais atenção.
Realmente vou precisar de um interpretador de sonho maluco pra me dizer o que isso quer dizer. Em uma consulta prévia a um analista junguiano, parece que o sonho talvez simbolizasse uma certa fase de transição. Mas é isso, se alguém ai tiver ideia por favor me fale.
domingo, 25 de julho de 2010
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Um comentário:
Sandro, já que você pediu, vou esquadrinhar os meandros do seu inconsciente. :-)
Primeiro, um alerta: qualquer análise de sonhos que não venha das suas próprias conclusões é puro entretenimento e não deve ser levada a sério.
Junguianos vêem os sonhos como sendo ricos de significados e conectando arquétipos que inspiram o homem. Sua preparação para um rito de passagem seria uma bela e romântica hipótese.
Para a psicanálise, os sonhos são território do desejo e do medo. E o desejo, como não é algo fácil de admitir, nem sempre se revela nos significados, precisando ser percebido por cadeias de significantes e metáforas.
Vou propor algumas provocações:
Primeiro podemos admitir que o texto é sobre um assunto: casamento. (Apesar de você dizer que "o real motivo dessa nova postagem foi um sonho..." não há como desconectar a introdução da conclusão, ainda mais por uma denegação).
Não podemos analisar um sonho, apenas o que e como se fala dele, ou seja, seu texto. E na primeira parte você escolhe uma palavra para destacar entre aspas: "cobrados". Na segunda parte você atravessa um lago de cobras (ou seriam cobra-nças?). Essas serpentes que impedem o movimento de suas vítimas no último abraço de suas vidas...
Curiosas também as palavras que você usou para descrever o resultado da aventura, seu prêmio ao invés de uma "noiva" de "branco" com "buquê de flores", foi uma "gata" "negra" oferecendo um prazeroso "chocolate". Final muito diferente do que acontece aos seus colegas no primeiro parágrafo...
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